quarta-feira, 27 de novembro de 2013

HOJE

Foi dia de consulta do marido.
Desde a saida do Centro de Reabilitação não tem
havido grandes mudanças no que diz respeito a
melhoras. Aparentemente o médico que acompanha
o processo dele no Centro acha que ele iria melhorar
com uns tratamentos em sistema externo 2 ou 3 dias
por semana, ou até mesmo num novo internamento.
Mas, a política do Centro é saber se o paciente quer ou
está  disposto  a seguir os  tratamentos. Ora  quando
questionado sobre isto o marido disse que não a tudo.
E conhecendo-o como o conheço vai continuar a dizer
que não. Posto isto, e se é para ter uma melhor qualidade
de vida, não seria preferível não ter a vontade do paciente
em conta? Lembro que quando ele entrou no Centro pela
1ª vez também lhe fizeram a mesma pergunta e ele abanou
a cabeça em sinal de aprovação, mas se fosse o contrário
então ele teria vindo para casa e sem os tratamentos recebidos
possivelmente estava acamado ou em cadeira de rodas.
A minha opinião é que se é para melhor a saúde do paciente
não se deve fazer essa pergunta e só se o paciente recusar de
todos os modos os tratamentos então sim  há que respeitar.
Mais, o marido como já aqui escrevi está num centro de dia.
Tenho a certeza que se lhe tivessemos perguntado se queria
ir para lá ele tinha dito que não. Assim não lhe perguntamos,
mostramos dois Centros para onde ele poderia ir e demos-lhe
a opção de escolha. E mesmo sabendo que se ele pudesse
escolher ele tinha dito não, continuo certa que a ida para o
Centro de dia e o estar acompanhado na minha ausencia foi o
melhor para ele.
Não sei se estou certa ou errada, mas em minha opinião há
situações que tem de ser a família a decidir e não o paciente.
Tem nova consulta em finais de Janeiro, até lá tenho de o
convencer que voltar a fazer os tratamentos pode dar-lhe
melhor qualidade de vida.

3 comentários:

O meu pensamento viaja disse...

Tens toda a razão, minha querida. Passei por uma situação semelhante com o meu pai que se recusava a sair de casa. Depois de internado ,melhorou um pouco e, acima de tudo, gostou da experiência que recorda permanentemente.
Tens que ser forte ... imagino o peso dos teus dias.
Um grande, grande abraço.

Liliane de Paula disse...

Vc está certíssima, Montana.
A opinião dele, nessa situação não deveria valer.

Ana Maria Braga disse...

As vezes precisamos colocar o coração do lado e agir pela razão, para o bem do doente.
Boa sorte. Bjs