DO NATAL

Foi um Natal diferente passado sem a companhia das minhas "meninas". Achamos que era melhor não corrermos riscos desnecessários. Ainda assim no dia 26 estivemos juntas por um bocado, sempre de máscara. Foi o possível no meio deste raio desta pandemia. Fez-me imensa pena ouvir a mais nova dizer-me: "Eu queria tanto ter vindo cá para casa passar as férias". E depois pedir-me "tira a máscara para eu ver a tua cara, tenho saudades". 

Mas no meio disto tudo agradeço o facto de estarmos todos bem e com saúde. Nos tempos tristes que correm puder escrever isto é de dar graças a Deus.

Pela primeira vez cozinhei com amor. Não sabia o que isso era. Quem me segue sabe que detesto cozinhar. A maior parte das vezes cozinho por obrigação, outras com  satisfação porque o estou a fazer para pessoas de quem gosto, mas nunca tinha sentido amor a mexer nos tachos. A filha tinha-me dito que vinham cá a casa para estarmos juntas mas que não faziam nenhuma refeição cá em casa. Ainda assim resolvi preparar um "Chili" prato que todos gostam e fazer o bolo preferido das netas. As miúdas acabaram por jantar e a filha levou o que sobrou para o almoço do dia seguinte. O bolo foi muito apreciado. Agora sei que de facto podemos sentir amor a cozinhar. 

E é isto.....