sábado, 27 de junho de 2020

POR CÁ

Está calor, mas também vento.
A água do mar continua geladinha.
A praia continua com poucas pessoas o que me dá uma certa segurança.
Tenho saído para os meus afazeres necessários e para andar um bocado.
Tenho entrado na pastelaria habitual para o meu café. Mas sem fazer sala, É beber o café e sair.
Não tenho convivido com ninguém, fora da minha família.
Não são tempos normais. Mas é a minha normalidade nestes tempos difíceis.
E sim entristece-me ver tudo diferente do que era.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

LIVROS

Hoje estive a arrumar livros.
Livros da minha filha quando era miúda e que eu sempre pensei que um dia também seriam lidos pelos filhos/as dela.
Acontece que as minhas netas que sempre conviveram com livros não gostam de ler. Apenas os livros que fazem parte do programa escolar são lidos e com grande dificuldade.
Depois dei comigo a pensar, será que eu e a minha filha gostaríamos tanto de ler se tivéssemos tido as facilidades que os miúdos têm hoje em termos de TV e Net? 
No que me diz respeito criada numa ilha pequena a telefonia só entrou em minha casa teria eu uns 5 ou 6 anos. Televisão só passados muitos mais anos. Portanto os livros era tudo o que havia para passar o tempo. Comecei a ler muito cedo. Com 13/14 anos lia os livros do Sandokan, da colecção azul, depois foram as fotonovelas e os livros de Corim Tellado. Lixo, dirão alguns, mas o vício da leitura ficou.  Mais tarde descobri o Eça. E o Júlio Dinis e outros. E nunca parei de ler.
A minha filha já foi doutro tempo, a televisão já existia (o primeiro e o 2 canal) a escolha não era muita, mas depois os livros sempre a acompanharam. Agora lê menos porque o tempo não dá para tudo mas continua a gostar de ler. 
Mas a pergunta fica no ar, principalmente no que me diz respeito. Será que se eu fosse uma menina deste século com tanta oferta visual, iria querer dar-me ao trabalho de ler? Sinceramente não sei responder.
Mas sei que com a minha idade um livro é uma boa companhia e a certeza de passar um tempo de qualidade.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

EM CASA

Mesmo gostando muito de estar em casa da filha, a minha casa é a minha casa. E eu já tinha muitas saudades. E isto não quer dizer que daqui por uns dias não esteja a dizer que estou cheia de saudades das minhas meninas.
Aproveitando os feriados da última semana viemos todos para aproveitar o sol e a praia. Por agora a praia é segura, poucas pessoas e a respeitarem a distância pedida. Na zona dos toldos também as distâncias são respeitadas. Apesar do sol o vento que se fez/faz sentir tornou a praia um bocado fria e desagradável. Ainda assim deu para ficar com uma "corzita".  Aqui nota-se que as pessoas têm alguns cuidados o que me deixa um bocado menos nervosa. Mas não sou capaz de me sentar numa esplanada e ficar sossegada e a sentir-me bem. Até porque as esplanadas que vi não estão a respeitar as regras do distanciamento. 
A verdade é que tenho estado quase em isolamento total convivendo apenas com o núcleo familiar. Quebrei a regra uma vez para ir ao cabeleireiro. 
Desde que cá estou saí para comprar pão, legumes e ir à praia. Sempre com máscara e a afastar-me das pessoas. É triste mas para nossa segurança é o melhor que temos a fazer.
Hoje não saí. Além de ter muitas coisas para fazer em casa também estava à espera de uma encomenda de café. 
Praticamente só agora me sentei. 

segunda-feira, 1 de junho de 2020

DIA DA CRIANÇA

As minhas meninas hoje estão tristes. Têm-se lembrado muito do colégio, das actividades deste dia e dos amigos.