domingo, 31 de maio de 2009

UMA CARTA

Lembra-se quando vim para cá viver e que
todas as semanas escreviamos cartas uma á
outra e que se essas cartas não chegassem
nos dias que era suposto chegarem telefona-
vamos logo a saber o que se passava e se estava
tudo bem?(mais a Mãe do que eu)
Nesses anos não haviam telemóveis nem net
e as comunicações não eram tão fáceis como
hoje.
Depois a Mãe deixou de ter paciencia para es-
crever e passamos a comunicar só por telefone.
E depois nada, já lá vão quase 2 anos.
Mas hoje deu-me saudades de lhe escrever uma
carta. Para falar um bocadinho consigo.
Para a saudade se tornar mais doce.
Sabe? Vendi a minha parte da nossa casa ao
meu irmão. Agora ele está a torná-la como
nova. Mas a Mãe sempre disse que a casa era
para os seus netos, pois bem com o dinheiro
recebido ando a tentar comprar um pequeno
apartamento lá que será para a sua neta e bis-
neta. Sabe que tem uma bisneta, não sabe?
Linda que nem ela, e que herdou o seu nome.
Há pouco tempo estivemos as 3 lá. Fomos á
procura do apartamento que vai substituir a
que era a nossa casa. Encontramos uma pes-
soa que disse referindo-se ao nome dela: Vi
logo quem era, é que eu andei na escola com
a sua mãe. (queria dizer que tinha sido seu
aluno).
Ando mesmo com vontade de ter qualquer
coisita lá. Para ser o refúgio das 3 mulheres
da família P.P. E das que porventura
possam ainda chegar á nossa família.

Muita saudade

1 comentário:

R disse...

Montana:
Uma carta de saudade para a tua mãe. Temos dias que nos bate uma saudade dos nossos que já não estão cá. É bom pensar que sabem das nossas vidas, do que vai acontecendo connosco. Beijinhos e boa semana